segunda-feira, 23 de maio de 2011

PARQUES E JARDINS DA BRANDOA

PARQUE LUÍS VAZ DE CAMÕES


Com uma área de 3 ha, este parque, localizado na Freguesia da Brandoa e construído em 2005/06, é inspirado na História Lírica de Luís Vaz de Camões, sendo constituído pela fonte/Ilha dos Amores, amplos relvados, uma zona de estadia equipada com estrutura de sombra e conjuntos de mesas/cadeiras e um parque infantil. Os pavimentos estão enriquecidos com a transcrição de versos d´”Os Lusíadas”.


O Parque Luís Vaz de Camões constitui uma nova centralidade na Brandoa, uma vez que nele se encontra inserido o Fórum Luís de Camões, equipamento onde se realizam eventos culturais e outros, onde se instalaram as Associações da zona envolvente, e onde existe um parque de estacionamento coberto com cerca de 300 lugares de estacionamento.


PARQUE DO LARGO DA PARREIRINHA
Em 2004, a requalificação do Parque do Largo da Parreirinha veio devolver uma zona verde de lazer à freguesia da Brandoa. Existem brinquedos infantis e baloiços no parque infantil, bem como diverso mobiliário urbano. Este espaço tem ainda uma zona de estadia e um campo de jogos descoberto.
Parque do Largo da Parreirinha

HERÁLDICA DA BRANDOA

 Heraldica

Brasão - escudo de verde, asna de prata (crescimento da Brandoa) carregada de sete bilhetas de vermelho (bairros da freguesia), companhada em chefe de um pé romãzeira de prata, com oito romãs rachadas de vermelho (elemento heráldico do brasão de armas da Amadora, representando as romãs, as freguesias do município(hoje já são onze)) e, em ponta, de uma cotovia de prata com um ramo de sua cor no bico (construção na Brandoa).Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: BRANDOA 

Cores: a prata simboliza a pureza e honestidade; o vermelho simboliza a coragem e bravura; o verde simboliza a esperança e aspiração. 

Bandeira: branca, cordão e borlas de prata e verde. Haste e lança de ouro 

Parecer emitido pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, nos termos da Lei nº 53/91, de 7 de Agosto

FREGUESIA DA BRANDOA

História

Origem

As primeiras referências que existem sobre este local datam de 1575. Nos arredores deLisboa havia uma quinta de nome Brandoa. O nome da quinta teve origem nos seus proprietários – Dr. Jerónimo Vaz Brandão e mais tarde a sua filha Maria Brandoa. Brandoa é uma palavra de origem céltica, que advém do nome feminino, cuja forma mais antiga, tem como terminação o ditongo nasal ão que passa a ao, exemplo: Brandão / Brandoa.
A quinta pertenceu sucessivamente a várias famílias, estando no final da década de 50 (1958/1959) na posse da família Freitas que, devido a problemas financeiros, hipotecam a quinta por 800 contos. Data também dessa altura o início do loteamento ilegal
Em meados de 1960 dá-se início ao processo de construção clandestina. Este processo está directamente relacionado com o surto emigratório das populações do campo para a cidade, o que veio provocar uma falta de resposta da grande cidade ao problema da habitação.

Desenvolvimento clandestino

A Brandoa era uma zona de fácil acesso, pois encontrava-se na periferia da cidade e nos limites do Concelho de Oeiras, local pouco vigiado pelos fiscais camarários. A primeira fase de construção foi na vertente da Paiã, sendo os construtores, na maioria operários da construção civil, os próprios habitantes dos prédios.
Em 1961 a Câmara Municipal de Oeiras publica vários anúncios nos jornais e editais, alertando para o facto de toda a construção na zona da Brandoa ser clandestina e se encontrar por isso sujeita a demolição.
Mas estes avisos não evitaram a proliferação dos prédios. Em 1962 devido ao número de prédios já edificados (360) a Câmara propõe, pela primeira vez, a urbanização desta área. Mas a resolução do problema tarda em chegar. Em 1969 verifica-se o desmoronamento de um prédio de 6 andares. A partir desta data a Brandoa é o centro das atenções das entidades públicas e órgãos de comunicação social nacionais e estrangeiros. As entidades camarárias e governamentais são então chamadas a “responder“ pelo desenvolvimento de um bairro clandestino com as dimensões da Brandoa. A Câmara manda embargar todos os prédios em construção. A Brandoa passa então a ser denominada o “maior bairro clandestino da Europa”.
Em 1971 já existe no Bairro uma Comissão de Moradores que reivindica alguns melhoramentos, como é o caso da água, electricidade, saneamento básico e asfaltamento das vias de comunicação. No ano seguinte iniciam-se algumas obras de saneamento básico.
Em 1973 é constituído o Gabinete do Plano da Brandoa, que faz o levantamento do cadastro da propriedade e que classifica os edifícios com o objectivo de efectuar obras de melhoramentos. O trabalho deste Gabinete nunca chegou a ser concluído. E as condições de vida da população residente não sofreram alterações significativas. É também a partir deste período que o Movimento Associativo começa a desenvolver-se nas suas variadas componentes (social, cultural e desportiva).
Em 1979 é criado o Município da Amadora e no ano seguinte em 22 de Fevereiro, toma posse a primeira Junta de Freguesia da Brandoa.

Final do século XX

É a partir da década de 80 que se começam a fazer sentir as melhorias nas condições de vida da população residente. São criadas infra-estruturas básicas e equipamentos sociais como creches, escolas, parques infantis, centro de apoio à população idosa, constroem-se e mantêm-se espaços verdes. Inicia-se o processo de urbanização e legalização dos prédios. A nova construção obedece já a regras de planeamento urbanístico, devidamente legalizados.
A pouco e pouco, a Brandoa começa a transformar-se, quer no seu aspecto físico, quer ao nível da população residente. As necessidades agora são outras e a Junta de Freguesia tem tentado responder aos anseios da população, dinamizando e apoiando uma série de actividades no âmbito cultural, recreativo e desportivo, possibilitando à população residente uma melhor qualidade de vida e tentando que esta Freguesia não seja apenas um dormitório da grande cidade.
Em 1997 procedeu-se à divisão administrativa da Freguesia dando origem à nova Freguesia de Alfornelos, vem transformar a realidade física e social da Brandoa, que passou a ser constituída apenas pelo Bairro da Brandoa, Casal e Rua de Alfornelos.

Século XXI

No ano 2002, na Brandoa esteve a funcionar o espaço de internet e serviços, espaços verdes ou públicos urbanos, equipamentos para a terceira idade, o Parque Urbano da Paiã, ligações rodoviárias e ligações ao nível da rede viária entre o troço da Brandoa - Falagueira e o Casal da Mira são algumas das ocupações já definidas neste Programa.
Em 2004 com a construção do Bairro da Urbanização do Casal da Mira deu-se início à expansão da zona norte da Freguesia onde irá nascer uma grande zona comercial e habitação.
No ano 2005 foi acabado o projecto de construção o Jardim Luís de Camões. financiado pelo projecto da União Europeia, entretanto do ano 2006 o projecto deixou de receber o apoio e espaço foi fechado. Como alternativa a câmara sugeriu um espaço municipal que fica perto da estação ferroviária da Amadora. Em 2002 com a aprovação do PROQUAL (Programa Integrado de Qualificação das Áreas Suburbanas da Área Metropolitana de Lisboa) para a Brandoa, está a proceder-se à requalificação sócio-urbanística. Deste modo, prevê-se a criação de um Centro de Juventude, um Centro Cívico que terá um Centro de Dia e Centro de Convívio e Lazer. Neste equipamento, vamos instalar associações da Brandoa, um Pavilhão Polidesportivo e criar o Jardim Luís de Camões e zonas envolventes, um novo Mercado, uma nova escola que integrará creche, jardim de infância, ATL e 1º Ciclo do Ensino Básico, um centro de escritórios
É porventura um dos Bairros mais conhecidos do nosso território nacional, mas também um dos mais místicos e amado por quem lá habita.

ALFORNELOS EM IMAGENS















Alfornelos, Amadora





HERÁLDICA DE ALFORNELOS

 Heráldica 

Constituição heráldica do Brasão 

 
 










A constituição heráldica do brasão, bandeira e selo da Freguesia de Alfornelos foi publicada na III Série do Diário da República, N.º 45, de 23 de Fevereiro de 1999, pág. 4176, nos seguintes termos:
Em campo de verde, uma Asna de prata, simbolizando a construção em altura e ladeada à dextra, sinistra e em contra-chefe de fornos de cozedura de cal em prata e abertos de vermelho que simbolizam a origem do nome de Alfornelos.
Calcários de Alfornelos - camada geológica compreendida numa faixa entre Benfica e Frielas da Idade do Oligocénico.
Romazeiro de prata - frutado de 11 romãs de prata e abertas de vermelho, representando o Município da Amadora com as novas Freguesias. 
Bandeira de Branco com haste e lança de ouro, cordões e borlas de verde e prata.
Sêlo circular com a designação: JUNTA DE FREGUESIA DE ALFORNELOS - AMADORA

domingo, 22 de maio de 2011

FREGUESIA DE ALFORNELOS

As origens, o passado e o presente 

 

Alfornelos tem vindo, ao longo dos anos, a subir, em termos de notoriedade, facto de que, certamente, se orgulham todos os seus moradores.
ALFORNELOS localiza-se geograficamente no limite do concelho da Amadora, confluindo com os concelhos de Lisboa e Odivelas.
O aparecimento do que viria a ser o seu primeiro núcleo urbano, deu-se provavelmente no início do século passado, com o nome de Casal de Alfornel, por substituição de quintas e terrenos de cultivo por casas para habitação. Essa sua implantação em mundo rural está, curiosamente, na origem do nome, o qual provém da expressão árabe Al-Forner, que significa forneiro – aquele que coze o pão.
Inicialmente pertencia ao município de Lisboa, através da sua integração na freguesia de Benfica, passando para o  concelho de Oeiras e, por fim, para o Concelho da Amadoraintegrada na freguesia da Brandoa, numa situação de zona periférica deste concelho.
Nestes últimos trinta anos, assistiu-se à 'explosão' da construção. Numa zona de 'ligeiros declives e com extraordinários horizontes'. Alfornelos abriga hoje um grande número de famílias, de diversas origens, etnias e credos que escolheram esta 'Colina do Sol' como local de vivência, para iniciarem as suas vidas, numa comunidade jovem, em coabitação de respeito e solidariedade.
Alfornelos tem hoje, instituições e equipamentos, entre outros, que se devem realçar:
O Centro Social e Paroquial, local de reunião por excelência não só para o culto religioso mas também para actividades de carácter social de grande importância; o Centro de Saúde que permite o atendimento, mais próximo, do utente; Escolas, Equipamentos Colectivos desportivos e culturais, com realce para o Auditório de Alfornelos; Esquadra da Polícia de Segurança Pública cuja presença, por si só, infunde um clima de segurança e tranquilidade; Zonas verdes (Jardins, praças, pracetas etc.); Junta de Freguesia com os respectivos serviços de apoio ao cidadão; possui actividade económica variada nas áreas de comércio e serviços; é servida por várias carreiras de transportes públicos da LT.
A estação do Metropolitano de Alfornelos, segundo as estatísticas, serve diariamente, cerca de 15000 utentes. Constata-se um acentuado crescimento no número de pessoas em circulação pelas ruas adjacentes, como consequência da chegada ou partida dos comboios, durante todo o período de funcionamento dos mesmos. Em contraste com o, felizmente já ultrapassado, aspecto de ruas tristes e sem vida própria, sente-se hoje um ambiente mais buliçoso e movimentado, que empresta cor e alegria a quem o desfruta, na via pública, no comércio local ou até da janela de sua casa.
Alfornelos só em 1997 adquiriu autonomia como freguesia. Dada a sua proximidade a Lisboa poderia, no início, servir apenas para 'dormir' para quem exercia actividade na capital.