sábado, 21 de maio de 2011

FREGUESIA DE SÃO BRÁS

Criada em 1997, a Freguesia de São Brás é uma das três freguesias mais recentes do Município da Amadora, e tem uma área de 518,8 ha. O seu território estava integrado na Freguesia da Mina, constituindo actualmente o limite norte do Município.
As actividades predominantes nesta freguesia são o comércio e os serviços.
No que concerne à ocupação do território no passado, foram registadas seis jazidas arqueológicas, enquanto que ao nível do património edificado se destaca a Quinta do Plátano
Muito venerado por estes sítios do norte da Amadora, sobretudo na jovem autarquia a que deu o nome (Freguesia de São Brás) e da qual é seu santo padroeiro. Além deste lugar ter estado durante muitos anos dependente do território de Belas, em nada se apagaram as raízes, a crença e os marcos da sua história. O “Casal de São Brás” assim começou o lugarejo, era pouco povoado, mas com muita agricultura, devido às boas águas que daquelas encostas e vales brotavam e a um clima moderado, daí a fertilidade dos generosos solos. Eram senhorios destas terras alguns mosteiros os quais as tinham emprestzadas a agricultores que delas tiravam o sustento, para si e para as ordens eclesiásticas, suas senhorias. Talvez por esta e outras razões de vivência religiosa e meditação, é que existia nessa propriedade um casario com capela privativa dedicada a São Brás, Edifícios esses, dos quais já não existem quaisquer vestígios.
O santo natural da Arménia, nasceu na cidade de Sebaste, no fim do séc.III, também deu o nome à paróquia de São Brás - criada em 3 de Fevereiro de 1998, dia em que se comemora a festa em sua honra. Este santo médico, especializado em medicina, já depois de formado sentiu o chamamento de Deus a uma consagração cristã. Por esta razão terá deixado a sua vida citadina e a sua própria terra indo para os montes, optando por uma modesta vida solitária de oração e de penitência. A sua fama de santo começou a espalhar-se na comunidade de Sebaste e, quando morreu o bispo daquela cidade, todos o aclamaram como novo pastor. São Brás só aceitou a nova responsabilidade pela forte insistência dos membros da comunidade, porque desejava muito mais a vida retirada de oração e contemplação. Mesmo como bispo continuava a viver nos montes, no meio de animais ferozes, com quem convivia, vindo somente à cidade apenas quando as obrigações de pastor o exigiam. São testemunhados muitos gestos e milagres em favor dos mais pobres e enfermos. Entretanto, Constantino e Licínio tinham ficado como imperadores do império romano do Ocidente e do Oriente, envolvendo-se em algumas guerras: Em 314 Constantino vence Licínio e deixa-lhe apenas a Tarcia e a Ásia. Então Licínio por ódio a Constantino (que permitia o culto cristão), em 313 começou a perseguir os cristãos, negando-lhes todos os direitos, até mesmo os de se juntarem nas igrejas que possuíam. Entre as vítimas desta perseguição deve colocar-se São Brás que como bispo de Sebaste era muito conhecido pelo cargo e pelos milagres que fazia. Foi preso e propuseram-lhe que adorasse outros deuses. O santo negou-se decididamente, dizia ele: “não quero ser amigo dos vossos deuses, porque não quero arder eternamente com os demónios”. Sofreu inúmeros suplícios e, por fim, degolaram-no. Era o ano de 316. São Brás é padroeiro contra as doenças da garganta, porque salvou a vida de um menino que estava prestes a morrer por ter engolido uma espinha de peixe. Alguns rebuçados peitorais têm o rótulo do santinho. Também é padroeiro dos cardadores, os relatos da sua vida remontam ao século IX, mas não existem muitas certezas quanto a ele ter sido martirizado e despedaçado com pentes de ferro. A devoção a São Brás penetrou profundamente no coração do povo cristão. O seu nome foi dado a vilas e freguesias do país e a alguns hospitais, tal como o de Évora, onde eram recolhidos doentes infectados com uma epidemia que matou muita gente em Portugal, no ano de 1479. Quanto ao culto religioso e aos sempre divinos rituais cristãos, no Casal de São Brás, bairro principal da freguesia, centralidade urbana de maior densidade populacional, a celebração da eucaristia aos domingos, festas e feriados, ainda se realiza numa igreja provisória, levantada em 1980, no piso inferior da Escola Básica do Primeiro Ciclo Artur Martinho Simões, mas está para breve a construção de um moderno templo católico em honra de São Brás, uma ampla igreja e um centro paroquial com o mesmo nome. Na Amadora, São Brás é festejado a 3 de Fevereiro...

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