quinta-feira, 19 de maio de 2011

PATRIMÓNIO DA FALAGUEIRA




Quinta do Assentista


A Quinta do Assentista foi também conhecida em tempos como a Quinta dos Intendentes.

     Edificada em 1746, encontra-se ainda em bom estado de conservação, e constitui um dos melhores exemplos deste tipo de ocupação rural no Município.

     A casa de habitação e o muro do pátio, fechados por um portão, integram um mesmo conjunto. Destaca-se aqui, o portão joanino, que contrasta com a sobriedade da fachada.

     A entrada, ladeada por uma pequena porta, é ornada por uma pequena cartela onde se pode ler a data de 1746. Por cima, tem um belíssimo frontão barroco, pintado de branco, cor-de-rosa e ocre. No centro está um nicho com uma estátua de Nossa Senhora da Saúde, enfeitada com uma grinalda de anjos. No alto ergue-se uma cruz sobre um monte Gólgota em miniatura, onde se pode ver a porta do Santo Sepulcro.

     A residência, e o jardim, dão para o pátio empedrado com desenhos a preto e branco.

     Esta Quinta é propriedade privada.























Capela Nossa Senhora da Lapa


A Capela de Nossa Senhora da Lapa conhecida por Capela da Falagueira foi erguida num sítio ermo, em campos propícios para a cultura do trigo, tal como tantos outros nesta área, ficando situada, concretamente, na Estrada da Falagueira.

     A sua construção foi autorizada, por provisão do então Cardeal Patriarca de Lisboa D. Francisco I, em 15 de Novembro de 1759 e foi aberta ao culto em Agosto de 1760.

     Foi desde a sua construção até 1958, data da sagração da Igreja matriz, o principal local de culto católico no território que hoje constitui o Município da Amadora.

     Após um período em que não funcionou, foi recentemente restaurada, sendo actualmente, apesar da sua simplicidade, um local de grande interesse histórico.











Chafariz da Porcalhota





Em meados do século XVIII, já os habitantes da Porcalhota e Falagueira ambicionavam ser abastecidos de água potável. A construção dos alicerces do Aqueduto das Águas Livres, na zona da Falagueira, conduziu à descoberta de uma pequena nascente.

     Construiu-se, no local, uma bica de pedra que saía da parede do Aqueduto, com um tanque para utilização pública.

     A localização do chafariz causou algum descontentamento e os habitantes da vizinha Porcalhota, desejando igualmente ser abastecidos, tentaram que a água fosse levada para um local mais próximo e central, pelo que solicitaram que a água fosse conduzida até à Estrada Real de Lisboa-Sintra e aí se construísse um novo chafariz.

     Contudo, a Junta das Águas Livres informou a população que a água da nascente era insuficiente para ser levada até ao local pedido, para além da obra acarretar um grande custo. Assim, resolveram os Poderes Públicos mandar construir a projectada bica na Falagueira.

     Mais de meio século correu até que a Porcalhota visse satisfeito o seu legítimo desejo. A 20 de Julho de 1849, a Câmara Municipal de Lisboa deferiu finalmente um pedido feito neste sentido pelos habitantes locais.

     O chafariz, com duas bicas, foi então construído em 1850, no cruzamento da Estrada da Falagueira com a Estrada Real de Lisboa-Sintra, actual Rua Elias Garcia.

     O dia 29 de Outubro, data da sua inauguração foi solene e festivo, contando com a presença do Mestre Geral das Águas Livres, o Fiel do Partido do lugar, o Fiel de D. Maria, o escrivão do Juiz Eleito e os habitantes locais.

     A primeira água começou a correr às 12:25, acompanhada do lançamento de foguetes e da manifesta alegria da população pelo acontecimento.

     Mais tarde, nos anos 60, foi transferido, a Travessa da Conceição, perto da Estrada da Falagueira, onde se encontra actualmente.















Aqueduto das Águas Livres


 Obra impressionante da engenharia portuguesa do século XVIII, teve como função principal abastecer de água a capital, numa fase crucial do seu desenvolvimento.

     Foi mandado construir por decreto de D. João V, em 1731. As suas obras iniciaram-se no ano seguinte e só viriam a ser terminadas em meados do século XIX, devido à sua grandiosidade e extensão.

     O troço principal tem cerca de 14 km, 8 dos quais no Município da Amadora (este tem origem na Mãe de Água Nova, na freguesia de São Brás), existindo aqui diversos aquedutos subsidiários que alimentam o Aqueduto Geral, de onde se destaca a casa de visitas do Aqueduto da Galega junto da Capela de Nossa Senhora da Lapa.

     É considerado relativamente à sua tipologia, uma obra de arquitectura civil pública, barroca e neoclássica.

     Em 24 de Janeiro de 1996, o Ministro da Cultura homologou o Aqueduto das Águas Livres no seu conjunto como Monumento Nacional fora do concelho de Lisboa, tendo por isso todas as servidões. Todavia, este encontra-se, ainda, em vias de classificação.












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